Foto cedida
Juízes Mádson Ottoni, Marcus Vinícius, Agenor Fernandes e Gustavo Marinho
Recursos de penas pecuniárias irão auxiliar na recuperação de parte da história do Estado. Nesta sexta-feira (04),às 14h, o coordenador da Central de Penas Alternativas, juiz Gustavo Marinho, irá firmar com representantes do Instituto dos Amigos do Patrimônio Histórico e Artístico, Cultural e da Cidadania (IAPHACC), Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN), convênio para a utilização de valores oriundos de penas pecuniárias para a restauração de três locomotivas do Museu do Trem Manoel Tomé de Souza, a ser instalado no Campus do IFRN no bairro das Rocas, zona Leste de Natal. A solenidade será realizada no Campus do Instituto Federal, na área onde funcionou a antiga estação ferroviária das Rocas.
O juiz Gustavo Marinho ressalta que além do repasse financeiro, a Central de Penas Alternativas irá abrir vagas de trabalho neste projeto para apenados. A recuperação das locomotivas é estimada em R$ 100 mil. Inicialmente, será liberado o montante de R$ 26 mil e durante o andamento da restauração, serão aportados as parcelas complementares. “Este é um trabalho que exige mão de obra especializada e gradativamente, o número de apenados irá aumentando, de acordo com a necessidade do projeto de recuperação dos equipamentos”, salienta o magistrado. “Os recursos iniciais serão destinados à aquisição do material referente à recuperação das peças que formam as locomotivas”.
A parceria entre as instituições foi viabilizada em 21 de agosto, em reunião realizada entre os juízes Marcus Vinícius Pereira Júnior, vice-presidente Cultural da Associação dos Magistrados do Rio Grande do Norte; Mádson Ottoni, diretor do Foro da Comarca de Natal; Gustavo Marinho, da Central de Penas Alternativas da Capital e Agenor Fernandes, juiz dos Juizados Criminais de Natal com Ricardo Cobra, presidente do IAPHACC e o diretor do Campus do IFRN Cidade Alta, professor Lerson Maia.
As locomotivas integram uma fase importante da história do Estado. A mais notória delas, a “Catita”, composição do tipo Maria Fumaça em 1916 inaugurou a antiga Ponte de Ferro de Igapó fazendo a ligação da capital a Ceará-Mirim. Segundo destaca o juiz Marcus Vinícius Pereira Júnior, nessa viagem inaugural estavam presentes o então governador, Joaquim Ferreira Chaves, o vice, Henrique Castriciano, e convidados como Câmara Cascudo, aos 10 anos acompanhado de seu pai, o Coronel Cascudo, o médico Januário Cicco, e os deputados federais Juvenal Lamartine e José Augusto, nome da Fundação de Cultura do RN. A Catita, movida a lenha, começou a ser utilizada 35 anos depois do início da história ferroviária potiguar, quando foi inaugurada a linha Natal-Nova Cruz, em 1881.
Fonte: TJRN
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