Esmarn capacita magistrados para preceptoria da Residência Judicial

Esmarn capacita magistrados para preceptoria da Residência Judicial

Os magistrados inscritos para atuarem como preceptores dos alunos da Residência Judicial passaram por formação na última quinta e sexta-feira (14), na Escola da Magistratura do Rio Grande do Norte (Esmarn). Eles receberam orientações de professores colaboradores da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) sobre como contribuir na formação dos residentes, elaborando planejamentos e roteiros de trabalho.

Os 40 estudantes da Residência Judicial atuarão nas unidades judiciais dos preceptores, como parte do Módulo 2 do Programa de Pós-Graduação. Eles terão a função de auxiliar os juízes em suas práticas diárias. Para o professor doutor Erisevelton Lima, isso possibilita uma melhor qualificação do Programa por abarcar três categorias fundamentais úteis aos residentes: formação, prática jurisdicional e o despertar da vocação para seguir a carreira da magistratura.

A ideia da capacitação, segundo Erisevelton Lima, é permitir que os magistrados preceptores sejam orientados a fomentar a vocação da magistratura nos estudantes. Planejamentos como a construção de um roteiro ou “itinerário formativo” acabam sendo eficazes para uma boa prática nas unidades judiciais.

“O objetivo maior desse encontro é fazer um alinhamento e construir um roteiro de ações para manter uma unidade na formação e atuação. O que a gente quer é que nessa Residência o possível futuro magistrado aprenda diferentes ações, prolatar sentenças e decisões, realizar audiência e outros serviços na competência do magistrado que não seja apenas a leitura de uma única coisa, e limite sua formação”, destaca o docente.

Vocação

Cerca de 20 magistrados foram inscritos para a preceptoria e participaram do curso. Dentre eles, o juiz da 9° Vara Cível de Natal, Mádson Ottoni, que participa novamente do Programa, avalia positivamente a Residência porque “abre a possibilidade de jovens bacharéis em Direito terem acesso à maneira como se trabalha a magistratura, e despertarem, ou não, a vocação para essa carreira”.

Além disso, o magistrado ressalta a importância da capacitação devido à possibilidade de uma formação pedagógica aos juízes preceptores para poderem acompanhar e instruir melhor os residentes. Com melhores métodos para orientá-los, Ottoni aponta um aprimoramento no desempenho de suas funções.

“A gente fica muito otimista e com uma expectativa muito boa. Os residentes vêm para somar a equipe de trabalho e sempre trazendo algo novo, porque são bacharéis recém-formados, a maioria deles, com boas ideias, com muita energia e dinamismo, então isso muda a dinâmica da Vara”.

Aproximação

Também inscrito na preceptoria, porém participando pela primeira vez do Programa, o juiz Bruno Lacerda, da 2° Vara da Fazenda Pública, analisa uma importância social que a Residência Judicial vem desempenhando. A formação prática, segundo ele, possibilita mostrar à sociedade como é o dia a dia de um juiz.

“Às vezes, muita gente não sabe exatamente como é o dia a dia do juiz, tem visões equivocadas. A possibilidade de você ter uma pessoa que está em processo de formação, participando dessa realidade e o juiz colaborando com esse aluno, é muito importante, mostra para a sociedade a visão do profissional na realidade da magistratura, já que, muitas vezes, não se vê isso na faculdade”, afirma.

Além da capacitação, os preceptores se reuniram com a secretaria, a coordenação, o Conselho do Curso, e os professores da Enfam, Erisevelton Lima e Liliane Campos, para discutir as potencialidades, pontos positivos e negativos, diagnósticos e planejamentos para o Programa.

* Com informações da Escola da Magistratura

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