Locomotivas históricas do RN serão restauradas graças aos recursos de penas pecuniárias

Locomotivas históricas do RN serão restauradas graças aos recursos de penas pecuniárias

Fotos: Elpídio Júnior


Juiz Gustavo Marinho, Ricardo Cobra e o reitor em exercício do IFRN José Ivan

Recursos de penas pecuniárias serão utilizados na restauração de três locomotivas históricas do Rio Grande do Norte. Graças a um convênio assinado entre o Poder Judiciário, o IFRN e o IAPHACC – Instituto dos Amigos do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e da Cidadania – a restauração das locomotivas abrirá vagas de trabalho para apenados. O convênio, para a realização desse projeto, foi assinado na última sexta-feira,(4), com a presença da desembargadora do TJRN Zeneide Bezerra; do presidente do IAPHACC Ricardo Cobra; do reitor em exercício do IFRN José Ivan Pereira Leite; do juiz Coordenador da Central de Penas Alternativas Gustavo Marinho; do diretor do Foro da Comarca de Natal juiz Mádson Ottoni de almeida Rodrigues e ainda dos juízes Marcus Vinícius Pereira Júnior; Agenor Fernandes e Andreo Marques.

A solenidade de assinatura do convênio foi realizada no Campus do IFRN, na área onde funcionou a antiga estação ferroviária de Natal, localizada no bairro das Rocas. O local abriga hoje as três locomotivas históricas que marcaram uma época da capital do Rio Grande do Norte. Entre elas está a locomotiva conhecida por “Catita”, que durante anos esteve num museu de Pernambuco e, graças a uma decisão judicial,  foi desenvolvida a Natal no ano passado. “Eu agradeço ao Poder Judiciário que nos devolveu a Catita. Nós estamos aqui num prédio onde vai abrigar muitas histórias do Rio Grande do Norte, com a inauguração no próximo ano do Museu do Trem”, relatou Ricardo Cobra.

Segundo o juiz coordenador da Central de Penas Alternativas, Gustavo Marinho, inicialmente três apenados estão trabalhando nesse projeto com a realização de pesquisas sobre ferrovias e também vão ajudar na limpeza e recuperação das peças antigas. A obra, orçada em 100 mil Reais, será executadas através de recursos de penas pecuniárias. “Esse projeto me tocou desde o início, porque é uma parte esquecida e graças a Deus, o IFRN está resgatando nossa história. isso nos motiva a participar desta empreitada”, disse.
Ele disse  ainda que com a realização do trabalho de restauração das locomotivas, os apenados terão a oportunidade de conhecer um pouco da história ferroviária de Natal e ainda se sentir útil.


Locomotica Catita exposta na antiga estação ferroviária de Natal, nas Rocas

Durante a solenidade, os participantes puderem conhecer a locomotiva Catita, exposta na estação  que representa um importante marco para a história de Natal. Fabricada na Inglaterra em 1902, a locomotiva inaugurou a antiga ponte de ferro de Igapó, ligando Natal a Ceará-Mirim. “Me sinto sensibilizado por estar aqui, porque fui aluno do IFRN e eu fico muito feliz por ver a instituição viva e pulsante. Nós devemos nos orgulhar do nosso Poder Judiciário. Temos muitas coisas boas para mostrar a sociedade apesar dos problemas estruturais e acúmulos de processos”, afirmou o juiz Mádson Ottoni.

Para a desembargadora Zeneide Bezerra, pela primeira vez conhecendo a história da Catita e toda a luta de resgate e a vinda da locomotiva para Natal, o Poder Judiciário do RN é moderno ao mostrar a realização de projetos como esse. “Parabéns a todos os juízes envolvidos nesse resgate da nossa história. Com vocês, estamos fazendo cidadania”, disse a a desembargadora.


Desembargadora do TJRN Zeneide Bezerra e o presidente do IAPHACC Ricardo Cobra

Adalgisa Emídia
Assessoria de Imprensa/AMARN

Fonte: post

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