TJRN assina termo de adesão para prática das audiências de custódia no Rio Grande do Norte

TJRN assina termo de adesão para prática das audiências de custódia no Rio Grande do Norte

O presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), desembargador Claudio Santos, assinou na manhã desta sexta-feira (9), o termo de adesão ao projeto Audiência de Custódia, desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com os Tribunais de Justiça e o governos estaduais. A assinatura ocorreu em uma solenidade no auditório da Corte potiguar, com a presença do ministro Ricardo Lewandowski, presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Pelo projeto “Audiência de Custódia”, toda pessoa presa em flagrante deve ser apresentada a um juiz no prazo de 24 horas, conforme estabelecem tratados internacionais de direitos humanos assinados pelo Brasil. O Rio Grande do Norte é o 26º estado brasileiro a aderir ao projeto, restando apenas o Distrito Federal, cuja adesão ocorrerá ainda este mês.

 

Para o ministro Ricardo Lewandowski, a assinatura do termo de cooperação representa um passo em direção a manter a cultura de harmônia entre os Poderes da República. “Ouvimos muito falar em independência dos Poderes. Mas, a sintonia entre eles é fundamental e, nessa proposta de combater as deficiências do sistema carcerário brasileiro, a harmonia é ainda mais essencial”, avalia Lewandowski, ao apontar o termo como um ‘primeiro passo’ para enfrentar o problema.

 

“Neste termo, estamos cumprindo com o princípio da Carta Magna, de garantir a dignidade da pessoa humana”, ressalta o ministro, ao destacar que a prática das audiências de custódia amplia o raio de ação do Judiciário brasileiro, “a exemplo do que já é feito na justiça de outros países”, completou o presidente do CNJ.

 

“O fortalecimento do Judiciário é que vai permitir que o país continue a viver em um Estado Democrático de Direito”, salientou o ministro Lewandowski.

 

Para o presidente da Corte potiguar, desembargador Claudio Santos, o projeto foi apoiado desde seu início pelo Poder Judiciário potiguar, mas com dificuldades. “[As dificuldades] foram vencidas, mas as enfrentamos, como o atual quadro de juízes nas comarcas do Estado, que precisa ser ampliado”, aponta Santos, aos destacar que as audiências de Custódia oportunizam a prática, no Judiciário nacional, da garantia dos direitos individuais mais básicos. “Com o projeto, modernizamos práticas, que são pautadas nas normas jurídicas mais antigas, datadas de 1940”, ressalta, em tom positivo, o presidente do TJRN.

 

Importância

 

Apresidente do Conselho Penitenciário do RN, procuradora da República Cibele Benevides, relatou sua experiência no Conselho lembrando a realidade chocante que o sistema penitenciário vive. Para ela, a audiência de custódia é muito importante também para a ressocialização do preso e consequentemente para a segurança pública do Estado. A procuradora também contou da luta e do trabalho até chegar a esse ponto, mas, segundo ela, “se uma prisão injusta for impedida, já vai ter valido a pena”.

 

O desembargador Rogério Fialho, presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, também ressaltou a importância desse grande passo para o RN, falando da nova fase que o Poder Judiciário vive. Segundo ele, o Judiciário era um espectador, mero aplicador de leis, passando agora ao protagonismo das ações e atendendo os anseios da população por meios de ações como essa.

 

A solenidade contou ainda com a presença dos desembargadores que compõem o Pleno do TJRN; do governador do Estado Robinson Faria; do presidente da Assembleia Legislativa do RN deputado estadual Ezequiel Ferreira de Souza; do presidente da AMARN juiz Cleofas Coelho de Araújo Júnior, do diretor do Foro da Justiça Federal no RN, o juiz Marco Bruno Miranda; do procurador geral de Justiça, promotor Rinaldo Reis; magistrados, autoridades do Executivo e do Judiciário nacional.

Fonte: TJRN

Fonte: post

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